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Lyrify.me

32:23 by Xoto Lyrics

Genre: rap | Year: 2017

[Verso 1: Xoto]
Não me encaixo nesta caixa
Que me castra como castro
Baixo esta fachada choro
Chagas de um mundo facho
Engraxa a mentira
Se és trairá tás safo
Homens de merda sobem
Com o bafo a saber a rabo
Com uma bosta de ordenado
O langonha lambe a bota
Tanto sonha até que acorda
Ao meu lado no IEFP
O que importa é o LCD
Ser parecido aos da TV
Mete os óculos 3d
Sorri no balcão da EDP
Assobia estás contente
Com a tua vida inocente
Olhos que não querem ver
Coração a apodrecer por dentro
A dona beta dona as calças
Que lhe fazem gorda coitadas
Das crianças africanas
Que vivem no еcrã da sala
De boas intenções
Andam as cidadеs cheias
Só cheias e furacões
Nos levaram as tentações
Agora ta na moda o yoga
Mas nem o buda nos ajuda
Porque a merda continua
Mas em embalagens biológicas
[Bridge]
Agente ainda vai pagar no fim
Mas na verdade até fico feliz
Ninguém devia ter as mãos assim
Tenho que pagar pelo que fiz

Até era fixe que caísse um meteorito
Para a gente ver mesmo o que é uma crise
Pode ser que finalmente ai
Inimigos se tornem amigos

[Refrão]
Somos o nosso inimigo número um
Oprimimos o nosso próprio instinto
E se o prendemos nós apodrecemos sós
Perdemos a voz que nos vem do fundo
Mas não são os erros que nos definem
E nem penses que é tarde para tu mudares o teu rumo
Que se a nossa fonte fica forte família do fogo
Florescerá um futuro novo

[Verso 2: Xoto]
Somos todos tão normais
Até as roupas são iguais
No jardim há um quadradinho
Pa urinarem os animais
Amendoins ao macaquinho
Uma esmolinha pó ceguinho
No asilo á um espacinho
Pa deixar os nossos pais
Somos tao cordiais
Senhor cívico é amigo
Mas em caso de vida o morte
Cagava de alto para a minha alma
Tou a tentar manter a calma
Há dias que eu quero é que morra
Morda a ponta duma arma
Que arda o guarda e a masmorra
Porra não há quem lhe ocorra
Que quem rouba talvez não
Lhe corra cor de rosa a vida
Você ainda acredita na palavra roma
Eu inverti-a
Ventilou-me a vida
Elevou-me levou-me
Livrou-me da hipocrisia
Vejo as grandes nações
Em cima de genocídios
Vejo miúdos num colégio
A cometerem homicídios
Vejo miúdos no exército
A proteger um mundo doente
Não vejo o 25 de abril
Sem ver o 25 de novembro
[Bridge]
Agente ainda vai pagar no fim
Mas na verdade até fico feliz
Ninguém devia ter as mãos assim
Tenho que pagar pelo que fiz

Até era fixe que caísse um meteorito
Para a gente ver mesmo o que é uma crise
Pode ser que finalmente ai
Inimigos se tornem amigos

[Refrão]
Somos o nosso inimigo número um
Oprimimos o nosso próprio instinto
E se o prendemos nós apodrecemos sós
Perdemos a voz que nos vem do fundo
Mas não são os erros que nos definem
E nem penses que é tarde para tu mudares o teu rumo
Que se a nossa fonte fica forte família do fogo
Florescerá um futuro novo

[Verso 3: Xoto]
Para nós a crise é piada
É não ter guita para ser boss
No tempo das vacas gordas
Bué pips comia os ossos
Agora que ela nos toca
É que cai o Carmo e a trindade
Sai da toca o indignado
Culpa o FMI e a troika
Não quero um novo contrato
Quero um mundo novo
Povo não quer igualdade
Quer deixar de ser do povo
Cotas tinham valores
De grandes revolucionários
Mas mal subiram de classe
Foram logo criar doutores
Problema é o nosso modo
De vida onde a morte tem raízes
Macabrice vinga nós não somos livres
A ganância que nos move
Assina com um nove cega não sossega
Até a ultima serra na motosserra
Vale a pena revoltar-te?
Só com a voz ou com um revolver?
Muito revólver de ideias
Nada ajuda a resolver
Sou filho desta mentira
E este sangue ninguém me tira
Cuspo no luxo e nas notas
E tu nem notas na luz
Joder!