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A Raiva que Fica by Tayob J. Lyrics

Genre: rap | Year: 2020

[Verso 1: Chullage]
Esse brother lindo
Faz-te vir os sentimentos à tona
Penetra o teu coração depois penetra a tua....
Não se sente teu
Mas tu sentes a sua dona
Pensas que ele é só teu
Mas com mulher brother não xona
Ao início és a primeira depois oitava ou a nona
A princípio giras bué com ele
Depois nem pa' 'tares com ele na zona
Antes era abraços e beijos e o quê?
Hoje é tapona
Antes faziam planos pa' tudo
Hoje fazes aquilo que lhe dá na mona
Brother não quer saber de ti
Não te procura, não telefona
Apenas contém um corpo com excesso de testosterona
Barriga surge e o brother te abandona
Puto nasce, cresce e pelo pai dele questiona
E agora é drama baby tu és chefe de família
Com um puto no colo e com o pai dele a milhas
Ele era lindo, ele era um Deus
Chamava-te fofa, o teu fofo
Mas afinal de roupa nova passaste a trapo mofo
E agora sentes ódio, todos os homens não prestam
Para eles fica a raiva e desconfiança que restam
[Verso 2: Chullage]
Costumavas ser tudo pa' ela
Para ti ela se punha bela
Em ti, só em ti ela punha o amor dela
Por ela tinhas deixado o Vodka e o wella
Cagado em todos os arregos que sempre te deram trela
Por ela enfrentavas Deus, tipo Adão e Eva
Vivias na ilusão que isto ia ser forever
Mas de repente o que é que se passou
Tudo ficou whatever
De repente todo aquele paraíso deu lugar à Terra
E agora não há nada que faças que ela não resmungue
Passa a vida num type and scroll agarrada a um Samsung
Não responde a sms não atende quando tu ligas
Não sai contigo porque já tem programas com as amigas
Sozinhas riem-se pronunciam nomes doutros fulanos
Tu perguntas: "Que é que é feito...Tantos sonhos tantos planos"
Lá 'tá ela pendurada no bote doutro bacano
E tu percebes que ela largou-te, este é o cair do pano
E agora sentes ódio, todas as mulheres não prestam
Para elas fica a raiva e desconfiança que restam

[Verso 3: Chullage]
Dos bancos do carro, das escadas do prédio
P'ra cama do quarto ou sofá pa' tirar o tédio
Da rua à cara podre, da areia da praia
P'o chão de casa sem que a gente saia
Preso em quatro paredes tudo parece que se asfixia
E parece que não há espaço encontros ficam sem magia
Não sei se tudo se perde mas é certo que tudo se transforma
Tudo que era aventura agora dá lugar à norma
Amor dá lugar à dor
Calor dá lugar ao gelo
O sim dá lugar ao não
O sonho torna-se pesadelo
E as palavras doces dão lugar aos palavrões
E os abraços quentes dão lugar aos empurrões
Da alegria p'o silêncio das nossas refeições
Do aconchego pa' distância dos nossos serões
Costumávamos nos beijar quando chegávamos a casa
Estar prontos para refrescar
Quando os corpos estavam em brasa
Hoje um entra mudo e outro sai calado
Tão pouco temos vontade de estar lado a lado
Será que o amor acabou
Ou será que é da rotina
Tanto silêncio é fodido
Quando tudo cá dentro se amotina
E de repente um dia um sai
E diz que não volta
E agora, só agora
É que o outro sente a revolta
E agora sente o ódio de todas as relações que não prestam
Só fica raiva e a desconfiança que restam