Pro Que Vier by Sntese Lyrics
[Verso 1: Leo]
Ganho no ar a maldade, no olhar a malícia
Nasci aqui, onde quem é o corre, corre da polícia
Os bico mata quem vacila. Pressiona quem oscila
Entre ser ou não ser. Querendo ser tem uma fila
De neguinho. Iludido por grana, conceito
Querendo respeito, e pensando que o único jeito é ser bandido
Divido entre a fome e a honestidade
Sujeito homem. Antes do tempo. Menor de idade
Põe a bombeta e vai pro corre bater de frente
Não muito diferente. Minha gente mata e morre, infelizmente
Pro sistema, a insônia do boyzinho
Cheio de revolta, é só olhar em volta vai ver que é assim
No olhar, na cara de mal dos neguinho
Pesadelo do sistema é real, irmãozinho
Lobo mal. Canela seca, tudo cortada de arame
Pulando as "cerca" das Marias na quebrada
Madrugada fria. Frio na barriga quando os vermes viam
Fé no instinto e no escapulário da Virgem Maria
E o diário dizia irmão...
É sanguinário o olhar do vigia
E essa luz que vos aquecia, se apagou
Seu sonho se distancia. Não devia, mas abandonou
Junto à esperança morta no olhar da senhora
Lágrimas de sangue. Morre um da gangue, minha alma chora
[Refrão: Leo]
Leva embora essa dor, Senhor. Leva embora
Arranca a mancha do pecado, Senhor, revigora
Pra que o amor renasça como aurora
Pra que descanse em paz aqueles que foram antes da hora
[Verso 2: Leo]
E deixaram nós aqui, sem saber
E agora, amanha o que vai ser?
Sem saída, pra essa vida. Que sem viver, é esquecida
Felicidade escondida, cade?
A inocência é passado, não tá nem nas crianças, mais
O ar é pesado. Guerra santa, aonde, sem paz?
Coração roubado. Ser humilhado, nunca mais
Engraçado pra TV, todas as mortes são iguais
Todos são rivais. Diferente ideais
Cada um na sua é só não aproximar demais
Um vacilo, e jaz. Vários irmãos que nunca mais
E a cada passo, saudade. Muito deixei pra trás
Muito de mim morreu. Não. Teve que morrer
E uma parte desse meu eu, não me deixa esquecer
Do que aprendi com o que vivi, onde passei, quem conheci
Das vezes que não me ouvi, agi, e nunca me entendi
E acho que nunca vou entender. O por que, a razão
Só escuto o coração dizer que nada foi em vão
E deixa ele guiar, levar pra onde quiser
Nem tudo que passou foi bom mas tô aqui pro que vier
[Refrão: Leo]
Leva embora essa dor, Senhor. Leva embora
Arranca a mancha do pecado, Senhor, revigora
Pra que o amor renasça como aurora
Pra que descanse em paz aqueles que foram antes da hora
Ganho no ar a maldade, no olhar a malícia
Nasci aqui, onde quem é o corre, corre da polícia
Os bico mata quem vacila. Pressiona quem oscila
Entre ser ou não ser. Querendo ser tem uma fila
De neguinho. Iludido por grana, conceito
Querendo respeito, e pensando que o único jeito é ser bandido
Divido entre a fome e a honestidade
Sujeito homem. Antes do tempo. Menor de idade
Põe a bombeta e vai pro corre bater de frente
Não muito diferente. Minha gente mata e morre, infelizmente
Pro sistema, a insônia do boyzinho
Cheio de revolta, é só olhar em volta vai ver que é assim
No olhar, na cara de mal dos neguinho
Pesadelo do sistema é real, irmãozinho
Lobo mal. Canela seca, tudo cortada de arame
Pulando as "cerca" das Marias na quebrada
Madrugada fria. Frio na barriga quando os vermes viam
Fé no instinto e no escapulário da Virgem Maria
E o diário dizia irmão...
É sanguinário o olhar do vigia
E essa luz que vos aquecia, se apagou
Seu sonho se distancia. Não devia, mas abandonou
Junto à esperança morta no olhar da senhora
Lágrimas de sangue. Morre um da gangue, minha alma chora
[Refrão: Leo]
Leva embora essa dor, Senhor. Leva embora
Arranca a mancha do pecado, Senhor, revigora
Pra que o amor renasça como aurora
Pra que descanse em paz aqueles que foram antes da hora
[Verso 2: Leo]
E deixaram nós aqui, sem saber
E agora, amanha o que vai ser?
Sem saída, pra essa vida. Que sem viver, é esquecida
Felicidade escondida, cade?
A inocência é passado, não tá nem nas crianças, mais
O ar é pesado. Guerra santa, aonde, sem paz?
Coração roubado. Ser humilhado, nunca mais
Engraçado pra TV, todas as mortes são iguais
Todos são rivais. Diferente ideais
Cada um na sua é só não aproximar demais
Um vacilo, e jaz. Vários irmãos que nunca mais
E a cada passo, saudade. Muito deixei pra trás
Muito de mim morreu. Não. Teve que morrer
E uma parte desse meu eu, não me deixa esquecer
Do que aprendi com o que vivi, onde passei, quem conheci
Das vezes que não me ouvi, agi, e nunca me entendi
E acho que nunca vou entender. O por que, a razão
Só escuto o coração dizer que nada foi em vão
E deixa ele guiar, levar pra onde quiser
Nem tudo que passou foi bom mas tô aqui pro que vier
[Refrão: Leo]
Leva embora essa dor, Senhor. Leva embora
Arranca a mancha do pecado, Senhor, revigora
Pra que o amor renasça como aurora
Pra que descanse em paz aqueles que foram antes da hora