Depoimento de Um Viciado by Realidade Cruel Lyrics
[Verso 1]
São 2 da manhã, eu de calça e blusa
Um tempo frio, do céu cai chuva
Eu sou sozinho, parceiro, e é foda
Com meu destino ninguém mais se importa
Chegar ao ponto que eu cheguei é lamentável
Estado físico inacreditável
Eu sinto crise, eu sinto convulsão
É muito triste o meu estado, sangue bom
30 quilos mais magro, vai vendo
O resultado é pura essência do veneno
O vício tira a calma, a cabreragem me acelera
O demônio rouba a alma, o inferno me seqüestra
Cadê a luz que vem lá do céu?
Cadê Jesus pra julgar mais este réu?
Tenho vontade de morrer constantemente
O descontrole da mente me deixa impaciente
É foda, eu saio que nem louco pela rua
Meu único mano é um cano na cintura
Eu preferia tá falando de amor
Falando das crianças e não da minha dor
Mas eu sou o espelho da agonia de um homem
Sem identidade, caráter, sem nome
Sem Mercedes, Audi ou Mitsubishi
Consumidor da praga do Apocalipse
Tão jovem e sem esperança de vida
Tão novo e já suicida
São 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)
[Verso 2]
Eu comecei de forma curiosa
Um cigarro de maconha não era droga
Era o que todo mundo me falava
Experimentei nem eu mesmo acreditava
Primeira vez, outra sensação
Segunda vez, mó barato, ilusão
Mundo dos sonhos, me sinto mais leve
Enquanto isso os meus neurônios fervem
Sentia fome, sentia viagem
Eu observava de longe as paisagens
A fumaça me deixava cada vez mais louco
Sem perceber eu já era o próprio demônio
Segundo passo, veio a cocaína
Morava com a minha mãe, me lembro da minha mina
Felícia, cheirava comigo sem parar
Dois loucos 24 horas no ar
Parei com o estudo, perdi até o trampo
Ganhei o mundo, e uma desilusão e tanto
Perdi a minha própria mãe, que trauma!
Morreu de desgosto por minha causa
Nem assim eu consegui parar, vish
Só a morte pode me libertar
Eu roubava pra sobreviver, ou melhor
Pra manter o vício e não morrer, que dó
Suicídio lento era o processo
Eu nunca fui estrela, eu nunca fui sucesso
Contaminado, HIV positivo
Qual a diferença do inimigo pro perigo
Aí, são 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua
Continua, ladrão
O pesadelo ainda continua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)
[Verso 3]
Amigo, aí, eu falei esta palavra
Me desculpa, foi erro, não pega nada
Eu nunca tive amigo nessa porra
Só prejuízo na vida de ponta a ponta
Mas quem vai se importar? Eu sou apenas mais um
Aidético viciado, infelizmente comum
Mais um entre mil ou um milhão, ladrão
Escravo dessa triste detenção
Eu não sou o Rafael e nem a Vera Fischer
A minha história, parceiro, é mais triste
Eu nunca engoli escova de cabelo
Mas já matei pelo crack e por dinheiro
Puta que pariu, o inferno me chama
Quem sabe lá eu consigo a fama
O drama ou a lama de fogo eterno
Condenado à escuridão do inferno
Hoje eu sou um louco de intensa coragem
Com o ferro à favor do crack
Não sei se a malandragem é minissérie ou história
Mas sei que a carreira, parceiro, é sem glória
Vou tentar não matar mais ninguém
Chega de ser refém, eu preciso é do bem
Vou entregar à Deus a minha vida
Vou acreditar nas palavras da Bíblia
Arrependido de todos os pecados
Ter conseguido escapar do diabo
Espero que a minha história sirva de exemplo
Pra quem tá começando, parceiro, como eu comecei
E que se afaste das drogas enquanto é tempo
Pra não provar do veneno do que eu provei
É embaçado, sangue bom, vai por mim
Tudo nessa vida tem um fim
São 2 da manhã, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
É madrugada, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)
São 2 da manhã, eu de calça e blusa
Um tempo frio, do céu cai chuva
Eu sou sozinho, parceiro, e é foda
Com meu destino ninguém mais se importa
Chegar ao ponto que eu cheguei é lamentável
Estado físico inacreditável
Eu sinto crise, eu sinto convulsão
É muito triste o meu estado, sangue bom
30 quilos mais magro, vai vendo
O resultado é pura essência do veneno
O vício tira a calma, a cabreragem me acelera
O demônio rouba a alma, o inferno me seqüestra
Cadê a luz que vem lá do céu?
Cadê Jesus pra julgar mais este réu?
Tenho vontade de morrer constantemente
O descontrole da mente me deixa impaciente
É foda, eu saio que nem louco pela rua
Meu único mano é um cano na cintura
Eu preferia tá falando de amor
Falando das crianças e não da minha dor
Mas eu sou o espelho da agonia de um homem
Sem identidade, caráter, sem nome
Sem Mercedes, Audi ou Mitsubishi
Consumidor da praga do Apocalipse
Tão jovem e sem esperança de vida
Tão novo e já suicida
São 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)
[Verso 2]
Eu comecei de forma curiosa
Um cigarro de maconha não era droga
Era o que todo mundo me falava
Experimentei nem eu mesmo acreditava
Primeira vez, outra sensação
Segunda vez, mó barato, ilusão
Mundo dos sonhos, me sinto mais leve
Enquanto isso os meus neurônios fervem
Sentia fome, sentia viagem
Eu observava de longe as paisagens
A fumaça me deixava cada vez mais louco
Sem perceber eu já era o próprio demônio
Segundo passo, veio a cocaína
Morava com a minha mãe, me lembro da minha mina
Felícia, cheirava comigo sem parar
Dois loucos 24 horas no ar
Parei com o estudo, perdi até o trampo
Ganhei o mundo, e uma desilusão e tanto
Perdi a minha própria mãe, que trauma!
Morreu de desgosto por minha causa
Nem assim eu consegui parar, vish
Só a morte pode me libertar
Eu roubava pra sobreviver, ou melhor
Pra manter o vício e não morrer, que dó
Suicídio lento era o processo
Eu nunca fui estrela, eu nunca fui sucesso
Contaminado, HIV positivo
Qual a diferença do inimigo pro perigo
Aí, são 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua
Continua, ladrão
O pesadelo ainda continua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)
[Verso 3]
Amigo, aí, eu falei esta palavra
Me desculpa, foi erro, não pega nada
Eu nunca tive amigo nessa porra
Só prejuízo na vida de ponta a ponta
Mas quem vai se importar? Eu sou apenas mais um
Aidético viciado, infelizmente comum
Mais um entre mil ou um milhão, ladrão
Escravo dessa triste detenção
Eu não sou o Rafael e nem a Vera Fischer
A minha história, parceiro, é mais triste
Eu nunca engoli escova de cabelo
Mas já matei pelo crack e por dinheiro
Puta que pariu, o inferno me chama
Quem sabe lá eu consigo a fama
O drama ou a lama de fogo eterno
Condenado à escuridão do inferno
Hoje eu sou um louco de intensa coragem
Com o ferro à favor do crack
Não sei se a malandragem é minissérie ou história
Mas sei que a carreira, parceiro, é sem glória
Vou tentar não matar mais ninguém
Chega de ser refém, eu preciso é do bem
Vou entregar à Deus a minha vida
Vou acreditar nas palavras da Bíblia
Arrependido de todos os pecados
Ter conseguido escapar do diabo
Espero que a minha história sirva de exemplo
Pra quem tá começando, parceiro, como eu comecei
E que se afaste das drogas enquanto é tempo
Pra não provar do veneno do que eu provei
É embaçado, sangue bom, vai por mim
Tudo nessa vida tem um fim
São 2 da manhã, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
É madrugada, faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
[Refrão]
Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
O pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
(Depoimento de um viciado)