Semente by R-Jay Lyrics
Semente
[Intro- R-Jay]
Um dia deram-me uma semente
Fechei-a na mão, corri para mostrá-la a toda a gente
Inocente, tinha nela um orgulho evidente
Prometi-lhe o mundo e disse "sê paciente"
Primeiro tenho de encontrar um sítio onde
O Sol seja fértil e fecunde
As nuvens chorem e o Sol não se esconda
Mas neste mundo sítios assim existem onde?
[Verse 1- R-Jay]
Nesta terra de cimento, o céu é tão cinzento
Nuvens intensas condensam os raios de Sol lá dentro
E na intensidade desta tempestade, tu saíste magoada
Comecei por dar-te um mundo mas acabei por dar-te... nada
De repente, sopra uma rajada de vento
Escapaste-me da mão, eu não a fechei a tempo
E vais seguindo o teu caminho, rumando por aí
Mas o vento soprou mais forte, eu nunca mais te vi
Eu corro para ti, destemido e decidido
Em encontrar-te mas saí de lá mal sucedido
E eu só queria dar-te algo coeso e consistente
Dar-te amor, afeto e parte do meu tempo
Sinto-me desorientado, sem rosa-dos-ventos
Ao ver-te ser levada ao sabor do vento
Eu nunca me esqueci de ti, apenas de ti
Memórias com barreiras para eu não me lembrar que era aqui
O sítio onde devias estar, desafiando a gravidade
Começarmos pelas raízes para libertarmos sementes mais tarde
Isto é a verdade, acredites ou não
Eu amo-te e a cada dia que passa eu vou ganhando outra razão
E um dia, se lá chegarmos, eu vou pedir-te a mão
Pensava eu, até que um passar de um vento forte te levou da minha mão
Sabes, quem me dera que isso não tivesse acontecido
Porque, apesar de tudo, tu podias ter sido
Um cravo na ponta de uma espingarda
Uma rosa segurada por uma mão apaixonada
Um malmequer com as pétalas certas e sem misturas
Para dizeres que bem me queres nas certas alturas
Uma hera, trepares muros e moradias e brilhares todos os dias, sem medo de alturas
Um girassol numa terra qualquer
Ou apenas uma flor simples no cabelo de uma mulher
Um dente de leão que me ocupa o coração
E que liberta sementes em qualquer direção
Mas não és nada disto e eu sei a razão
Foi porque não consegui fechar a tempo a minha mão
E deste então que eu aguardo o teu perdão...
[Verse 2 - R-Jay]
Desculpa, perdoa-me, talvez já nem te lembres de mim
Quando tu eras pequena eu deixei-te escapar num jardim
Procuraste-me mas no fim não me encontraste
Até que o vento te levou para fora deste contraste
Assim nos separámos, mas eu ainda te vi correr
Mas ele soprou mais até que nos deixámos de ver
Eu não te sei dizer para onde é que ele te levou
Só me lembro do regresso e do que a tua boca me falou
Voltaste a partir e havia tudo ou quase tudo no mesmo espaço
Mas apesar de tudo faltava-me o amor do teu abraço
Por isso eu pedi que te trouxessem de volta
Ou que me deixassem cair mesmo á tua porta
Onde era difícil de aterrar mas não importa
Eu sabia que havia forma de darmos a volta
E apesar de, no fundo, eu não ter aquilo que eu queria
Em terras onde as nuvens não se comovem o Sol não brilha
Dizem que existe tudo no meio do nada
E quantas vezes eu te imaginei plantada na minha calçada
Estou desanimado com a vida, despedaçado com a tua partida
E frustrado por não me terem avisado da data da ida
Inconformado por não ter ninguém ao lado
Para partilhar os momentos que me têm inquietado
O silêncio não se cala, vai de encontro com a solidão
Ninguém me fala e os amigos não me encontram
Sinto-me vencido pelos princípios que defendo
Amo ser livre mas é por amor que me prendo
[Intro- R-Jay]
Um dia deram-me uma semente
Fechei-a na mão, corri para mostrá-la a toda a gente
Inocente, tinha nela um orgulho evidente
Prometi-lhe o mundo e disse "sê paciente"
Primeiro tenho de encontrar um sítio onde
O Sol seja fértil e fecunde
As nuvens chorem e o Sol não se esconda
Mas neste mundo sítios assim existem onde?
[Verse 1- R-Jay]
Nesta terra de cimento, o céu é tão cinzento
Nuvens intensas condensam os raios de Sol lá dentro
E na intensidade desta tempestade, tu saíste magoada
Comecei por dar-te um mundo mas acabei por dar-te... nada
De repente, sopra uma rajada de vento
Escapaste-me da mão, eu não a fechei a tempo
E vais seguindo o teu caminho, rumando por aí
Mas o vento soprou mais forte, eu nunca mais te vi
Eu corro para ti, destemido e decidido
Em encontrar-te mas saí de lá mal sucedido
E eu só queria dar-te algo coeso e consistente
Dar-te amor, afeto e parte do meu tempo
Sinto-me desorientado, sem rosa-dos-ventos
Ao ver-te ser levada ao sabor do vento
Eu nunca me esqueci de ti, apenas de ti
Memórias com barreiras para eu não me lembrar que era aqui
O sítio onde devias estar, desafiando a gravidade
Começarmos pelas raízes para libertarmos sementes mais tarde
Isto é a verdade, acredites ou não
Eu amo-te e a cada dia que passa eu vou ganhando outra razão
E um dia, se lá chegarmos, eu vou pedir-te a mão
Pensava eu, até que um passar de um vento forte te levou da minha mão
Sabes, quem me dera que isso não tivesse acontecido
Porque, apesar de tudo, tu podias ter sido
Um cravo na ponta de uma espingarda
Uma rosa segurada por uma mão apaixonada
Um malmequer com as pétalas certas e sem misturas
Para dizeres que bem me queres nas certas alturas
Uma hera, trepares muros e moradias e brilhares todos os dias, sem medo de alturas
Um girassol numa terra qualquer
Ou apenas uma flor simples no cabelo de uma mulher
Um dente de leão que me ocupa o coração
E que liberta sementes em qualquer direção
Mas não és nada disto e eu sei a razão
Foi porque não consegui fechar a tempo a minha mão
E deste então que eu aguardo o teu perdão...
[Verse 2 - R-Jay]
Desculpa, perdoa-me, talvez já nem te lembres de mim
Quando tu eras pequena eu deixei-te escapar num jardim
Procuraste-me mas no fim não me encontraste
Até que o vento te levou para fora deste contraste
Assim nos separámos, mas eu ainda te vi correr
Mas ele soprou mais até que nos deixámos de ver
Eu não te sei dizer para onde é que ele te levou
Só me lembro do regresso e do que a tua boca me falou
Voltaste a partir e havia tudo ou quase tudo no mesmo espaço
Mas apesar de tudo faltava-me o amor do teu abraço
Por isso eu pedi que te trouxessem de volta
Ou que me deixassem cair mesmo á tua porta
Onde era difícil de aterrar mas não importa
Eu sabia que havia forma de darmos a volta
E apesar de, no fundo, eu não ter aquilo que eu queria
Em terras onde as nuvens não se comovem o Sol não brilha
Dizem que existe tudo no meio do nada
E quantas vezes eu te imaginei plantada na minha calçada
Estou desanimado com a vida, despedaçado com a tua partida
E frustrado por não me terem avisado da data da ida
Inconformado por não ter ninguém ao lado
Para partilhar os momentos que me têm inquietado
O silêncio não se cala, vai de encontro com a solidão
Ninguém me fala e os amigos não me encontram
Sinto-me vencido pelos princípios que defendo
Amo ser livre mas é por amor que me prendo