Crônicas Políticas by Monumento Inverso Lyrics
[Intro - Carlos Drummond de Andrade]
O homem, bicho da Terra tão pequeno
Chateia-se na Terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão
[Verso 1: Ramonzin]
Se eu fosse desempregado, amigo, de fome eu teria morrido
Se eu fosse co-químico dependente 'taria mais viciado
Se eu fosse estudante eu estaria desiludido
Se eu fosse aposentado, aí... eu tava fodido
Mas se eu fosse vagabundo com certeza bem
Seria recebido no Distrito, eu pago numas dez de cem
Vou embora, quem vai me deter agora?
Se quem dá pala morre com uma bala de PT na bola
Isso é mó K.O, que falam que tá legal
No ensino fundamental, no leito de um hospital
Quem veste a camisa e não bota divisa, pisa
Firme, sem dois papo no terreno e faz baliza
Não existe entre os extremos da sociedade reciprocidade
Verdade que só empena a convivência com a igualdade dentro dessa gema (aí)
Vou te falar qual é a raiz desse problema
Se as entidades competentes não fizessem cena
E dessem apoio as famílias, onde nela está a matriz (então)
Faria um muleque mais feliz
Por estar na escola e aprender como se escreve no quadro com giz de cera a palavra "educação"
Que nos traz a garantia de estrutura dos menor pra boa formação
[Verso 2: Fusca]
Há mais de 500 anos fomos colonizados
Mas de fato ainda somos todos utilizados
Como meros colonos do mundo globalizado
Império americano, Brasil é subordinado
País soberano, mano, ledo engano
O povo tá se matando e me diz quem tá ligando
Eles só tão ganhando, eles só tão gastando
Crente que tão abafando, a quem cês tão enganando?
Como uma criança com fome, como seu pai não sabe escrever o nome
Depende do homem que depois de eleito some
Tome uma dose de realidade
A verdade é que todo mundo só quer tirar vantagem
A vontade da maioria é que tudo se exploda
Cada um com seu dinheiro, e o resto que se foda
Assim pensam os safados na câmara e no senado
Mais de 50% já tá sendo investigado
E a gente que é castigado como se fosse o culpado
500 anos passados, esse país tá todo errado
Poder muda de lado, vai de um lado pro outro
Mas não muda muita coisa com o executivo canhoto
E sem representação, o povo sem ação
Assiste atuação na época de eleição
Uma interpretação digna de teatro
Vence o mais poderoso e padece o mais fraco
O fato que eu só ouço promessas vazias
Mesmo quem quer fazer, age com demagogia
Talvez seja utopia esperar sinceridade
Democracia morreu junto com a honestidade
Se eu fosse do governo eu estaria aproveitando
Se eu fosse da oposição eu também tava ganhando
Se eu fosse um estrangeiro eu estaria me lixando
Mas eu sou um cidadão, não vou ficar me lamentando
[Scratches - DJ Erick Scratch]
É bom ficar ligado e ver quem corre perigo
Tem gente morrendo, tem outros enchendo a pança
Você tá fudido
Chorar não adianta
Ei, mano, ei, mano - você tá fudido
Ei, mano, vem nos ouvir
Ninguém se move, ninguém se move, ninguém se move
Ninguém sairá ileso
O homem, bicho da Terra tão pequeno
Chateia-se na Terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão
[Verso 1: Ramonzin]
Se eu fosse desempregado, amigo, de fome eu teria morrido
Se eu fosse co-químico dependente 'taria mais viciado
Se eu fosse estudante eu estaria desiludido
Se eu fosse aposentado, aí... eu tava fodido
Mas se eu fosse vagabundo com certeza bem
Seria recebido no Distrito, eu pago numas dez de cem
Vou embora, quem vai me deter agora?
Se quem dá pala morre com uma bala de PT na bola
Isso é mó K.O, que falam que tá legal
No ensino fundamental, no leito de um hospital
Quem veste a camisa e não bota divisa, pisa
Firme, sem dois papo no terreno e faz baliza
Não existe entre os extremos da sociedade reciprocidade
Verdade que só empena a convivência com a igualdade dentro dessa gema (aí)
Vou te falar qual é a raiz desse problema
Se as entidades competentes não fizessem cena
E dessem apoio as famílias, onde nela está a matriz (então)
Faria um muleque mais feliz
Por estar na escola e aprender como se escreve no quadro com giz de cera a palavra "educação"
Que nos traz a garantia de estrutura dos menor pra boa formação
[Verso 2: Fusca]
Há mais de 500 anos fomos colonizados
Mas de fato ainda somos todos utilizados
Como meros colonos do mundo globalizado
Império americano, Brasil é subordinado
País soberano, mano, ledo engano
O povo tá se matando e me diz quem tá ligando
Eles só tão ganhando, eles só tão gastando
Crente que tão abafando, a quem cês tão enganando?
Como uma criança com fome, como seu pai não sabe escrever o nome
Depende do homem que depois de eleito some
Tome uma dose de realidade
A verdade é que todo mundo só quer tirar vantagem
A vontade da maioria é que tudo se exploda
Cada um com seu dinheiro, e o resto que se foda
Assim pensam os safados na câmara e no senado
Mais de 50% já tá sendo investigado
E a gente que é castigado como se fosse o culpado
500 anos passados, esse país tá todo errado
Poder muda de lado, vai de um lado pro outro
Mas não muda muita coisa com o executivo canhoto
E sem representação, o povo sem ação
Assiste atuação na época de eleição
Uma interpretação digna de teatro
Vence o mais poderoso e padece o mais fraco
O fato que eu só ouço promessas vazias
Mesmo quem quer fazer, age com demagogia
Talvez seja utopia esperar sinceridade
Democracia morreu junto com a honestidade
Se eu fosse do governo eu estaria aproveitando
Se eu fosse da oposição eu também tava ganhando
Se eu fosse um estrangeiro eu estaria me lixando
Mas eu sou um cidadão, não vou ficar me lamentando
[Scratches - DJ Erick Scratch]
É bom ficar ligado e ver quem corre perigo
Tem gente morrendo, tem outros enchendo a pança
Você tá fudido
Chorar não adianta
Ei, mano, ei, mano - você tá fudido
Ei, mano, vem nos ouvir
Ninguém se move, ninguém se move, ninguém se move
Ninguém sairá ileso