Contos da Criança Invisível by Monumento Inverso Lyrics
[Scratches - DJ Erik Scratch]
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado, muleque
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado, muleque
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado
Trema ao nos ver, trema ao nos ver
[Verso 1: Ramonzin]
Eu vejo com os pés descalço vendendo pé-de-
Moleque no asfalto, pede um trocado
Perde um bocado do seu tempo
Mal humorado cede um cascalho
Não espere meu obrigado porque eu já tô acostumado
A olhar pros dente dos cavalo, mesmo quando é dado
Se não dão mais instrução, se não dão educação
O muleque já não vê outra opção
Com um canivete o couro pega
O bucha se diverte, instinto de pivete
[Verso 2: Fusca]
Na moral não dá pra ignorar, dizer que não vê
Se esconder dentro do vidro fumê
Pra quê, se a consciência vai saber quanto tu deve
Por favor, aí tio, qualquer trocado serve
A vida não pega leve, quem não tem oportunidade
Mesmo assim é quem se atreve, muda a realidade
Verdade arde os olhos de quem vive de fantasia
Ironia em pensar que a felicidade existia
[Verso 3: Ramonzin]
Eles querem que todos se acabem
Enquanto todos se agridem, mais eles agradam
Opiniões que se colidem, idem as soluções
Porque com ela os poderosos que as presidem
Mas veja bem, porque o povo desdém de ser refém
E não tem ninguém do lado, e quem é culpado?
É o favelado, sempre prejudicado
De palhaçada
Tão matando a nossa mulecada a troco de nada
[Verso 4: Fusca]
Se nada tem a ver a criança e o poder
Que quer só ter o direito de poder crescer
Sem se envolver com político ou problema de classe
Como bebê, guerreiro desde a hora que nasce
Sem ter quem lhe abrace, sem ter quem lhe ajude
Sem um país que respeitasse a sua juventude
Não é a atitude do muleque que é a fonte do problema
Eles têm o seu direito e não precisa da sua pena
[Outro]
Eles tão vendo a gente como marginal, mas aqui não tem marginal não
A gente corre atrás do nosso meio de sobrevivência, mano
Ninguém quer esculachar ninguém
A gente não quer ficar roubando aí, amanhã ou depois ganhar tiro, morrer
A gente quer ter nossa sobrevivência
Agora, ficar sendo esculachado? O que a gente pede à sociedade é que enxergue a gente com outro rosto
Porque se eles enxergar a gente com o rosto que eles mermo botam a imagem na gente, a gente não vai a lugar nenhum
Se eles abrir a porta um dia pra dar uma oportunidade a gente, a gente vai ser alguém
"Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho"
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado, muleque
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado, muleque
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Trema ao nos ver
Roubando o que puder
Sai voado
Trema ao nos ver, trema ao nos ver
[Verso 1: Ramonzin]
Eu vejo com os pés descalço vendendo pé-de-
Moleque no asfalto, pede um trocado
Perde um bocado do seu tempo
Mal humorado cede um cascalho
Não espere meu obrigado porque eu já tô acostumado
A olhar pros dente dos cavalo, mesmo quando é dado
Se não dão mais instrução, se não dão educação
O muleque já não vê outra opção
Com um canivete o couro pega
O bucha se diverte, instinto de pivete
[Verso 2: Fusca]
Na moral não dá pra ignorar, dizer que não vê
Se esconder dentro do vidro fumê
Pra quê, se a consciência vai saber quanto tu deve
Por favor, aí tio, qualquer trocado serve
A vida não pega leve, quem não tem oportunidade
Mesmo assim é quem se atreve, muda a realidade
Verdade arde os olhos de quem vive de fantasia
Ironia em pensar que a felicidade existia
[Verso 3: Ramonzin]
Eles querem que todos se acabem
Enquanto todos se agridem, mais eles agradam
Opiniões que se colidem, idem as soluções
Porque com ela os poderosos que as presidem
Mas veja bem, porque o povo desdém de ser refém
E não tem ninguém do lado, e quem é culpado?
É o favelado, sempre prejudicado
De palhaçada
Tão matando a nossa mulecada a troco de nada
[Verso 4: Fusca]
Se nada tem a ver a criança e o poder
Que quer só ter o direito de poder crescer
Sem se envolver com político ou problema de classe
Como bebê, guerreiro desde a hora que nasce
Sem ter quem lhe abrace, sem ter quem lhe ajude
Sem um país que respeitasse a sua juventude
Não é a atitude do muleque que é a fonte do problema
Eles têm o seu direito e não precisa da sua pena
[Outro]
Eles tão vendo a gente como marginal, mas aqui não tem marginal não
A gente corre atrás do nosso meio de sobrevivência, mano
Ninguém quer esculachar ninguém
A gente não quer ficar roubando aí, amanhã ou depois ganhar tiro, morrer
A gente quer ter nossa sobrevivência
Agora, ficar sendo esculachado? O que a gente pede à sociedade é que enxergue a gente com outro rosto
Porque se eles enxergar a gente com o rosto que eles mermo botam a imagem na gente, a gente não vai a lugar nenhum
Se eles abrir a porta um dia pra dar uma oportunidade a gente, a gente vai ser alguém
"Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho
Vou caminhando sem caminho"