Águas paradas não movem moinhos by Jos Mrio Branco Lyrics
[Letra de "Águas paradas não movem moinhos"]
[Intro]
Não gosto nada de ver o meu filho na companhia desta gente
Desinquietam-no e 'inda acabam por metê-lo nalguma
Está sempre a ler livros e não faz a vida dos rapazes da idade dele
É tão diferente do pai
Quando entrou para a fábrica ficou satisfeito por ter trabalho
Ganhava pouco, neste último ano passou a ganhar cada vez menos
Se continuam a fazer descontos, prefiro ser eu a deixar de comer
Que posso eu fazer, viúva de um operário e mãe de um operário?
Mas preocupa-me que leia estes livros e que, em lugar de aproveitar a noite para dormir, vá a reuniões que só servem para inquietá-lo cada vez mais
Ainda acaba por perder o emprego
[Estrofe 1]
Se te falta a sopa para o prato, se te falta a sopa para o prato
Como é que pensas comer?
Como é que pensas comer se te falta a sopa para o prato?
[Refrão 1]
Esta vida eu a renego e vou virar o bico ao prego
Debaixo da minha fome, é o estado que se encobre
P'rá sopa do meu menino
Águas paradas não movem moinhos
[Estrofe 2]
Se o patrão não te dá trabalho, se o patrão não te dá trabalho
Onde é que está o salário?
Onde é que está o salário se o patrão não te dá trabalho?
[Refrão 2]
P'ra acabar o desemprego, vou virar o bico ao prego
Andamos p'ra aqui aflitos porque o governo é dos ricos
Ponho a miséria a render
Águas paradas não movem moinhos
[Estrofe 3]
Os fortes riem dos fracos, os fortes riem dos fracos
O que é que vais responder?
O que é que vais responder se os fortes riem dos fracos
[Refrão 3]
Na unidade é que eu pego p'ra virar o bico ao prego
Milhões de trabalhadores são a força que tu fores
Anda p'rá luta comigo
Águas paradas não movem moinhos
[Intro]
Não gosto nada de ver o meu filho na companhia desta gente
Desinquietam-no e 'inda acabam por metê-lo nalguma
Está sempre a ler livros e não faz a vida dos rapazes da idade dele
É tão diferente do pai
Quando entrou para a fábrica ficou satisfeito por ter trabalho
Ganhava pouco, neste último ano passou a ganhar cada vez menos
Se continuam a fazer descontos, prefiro ser eu a deixar de comer
Que posso eu fazer, viúva de um operário e mãe de um operário?
Mas preocupa-me que leia estes livros e que, em lugar de aproveitar a noite para dormir, vá a reuniões que só servem para inquietá-lo cada vez mais
Ainda acaba por perder o emprego
[Estrofe 1]
Se te falta a sopa para o prato, se te falta a sopa para o prato
Como é que pensas comer?
Como é que pensas comer se te falta a sopa para o prato?
[Refrão 1]
Esta vida eu a renego e vou virar o bico ao prego
Debaixo da minha fome, é o estado que se encobre
P'rá sopa do meu menino
Águas paradas não movem moinhos
[Estrofe 2]
Se o patrão não te dá trabalho, se o patrão não te dá trabalho
Onde é que está o salário?
Onde é que está o salário se o patrão não te dá trabalho?
[Refrão 2]
P'ra acabar o desemprego, vou virar o bico ao prego
Andamos p'ra aqui aflitos porque o governo é dos ricos
Ponho a miséria a render
Águas paradas não movem moinhos
[Estrofe 3]
Os fortes riem dos fracos, os fortes riem dos fracos
O que é que vais responder?
O que é que vais responder se os fortes riem dos fracos
[Refrão 3]
Na unidade é que eu pego p'ra virar o bico ao prego
Milhões de trabalhadores são a força que tu fores
Anda p'rá luta comigo
Águas paradas não movem moinhos