Contando Passos Pra Não Dissociar by Joe Irente Lyrics
Sem resposta se deitou no piso de taco
O corpo nu a mostra pro mundo inteiro ver
Enquanto lâmpadas fracas alaranjavam sua pele oleosa
O branco dos olhos no espelho
Era a única fonte de luz onde a lua se projetava
E mais uma madrugada fatídica se passava
Sentindo aquele gosto de cobre
E o peito vazio
Ansioso não conseguia se conter
Olhava pro celular constantemente
Eventualmente se deparando com seu próprio reflexo
Desesperado inconsolável
Naquela tela praticamente sem nenhum risco
Resultado de anos de TOC e insegurança
Cansado saiu do colchão
Escovou os dentes 5 segundos cada dente
Lavou as mãos 15 segundos cada dedo
Só 5 minutos e meio tinham se passado
Mas parecia uma eternidade e ele sentia medo
Com razão porque la fora não tinha uma alma viva
Era só ele em seu alguel barato
Sem ninguém pra pegar o lixo sem porteiro
Sem zelador sem segurança nenhuma no anhengabaú
As chaves estavam no contato como era de se esperar
Da rua olhou pra kitnet pela última vez
Absolutamente nada que vale a pena levar de lembrança
Mofo na parede janela quebrada
Gaiola vazia samambaia caindo aos pedaços
Enquanto dirigia rumo a sabe-se lá onde
No rádio do carro tocava jazz nova iorquino
Os primeiros raios de sol surgiam atrás de si
Trazendo aquele tom roxo avermelhado pro céu
Pôde ver as luminárias da cidade esmaecendo
E cada vez menos edifícios a vista
Deixando pra traz uma realidade que já não lhe pertencia há muito
Sabendo que não tinha como recuperar aquele tempo perdido
Nenhum amor nenhuma história nenhum amigo
Sob intensos pensamentos mal percebeu que já estava em lugar nenhum
Dos seus lados areia a sua frente areia
Olhou de relance no retrovisor areia
Mas por algum motivo isso não preocupou
Tanque quase cheio ainda tem caminho pela frente
O corpo nu a mostra pro mundo inteiro ver
Enquanto lâmpadas fracas alaranjavam sua pele oleosa
O branco dos olhos no espelho
Era a única fonte de luz onde a lua se projetava
E mais uma madrugada fatídica se passava
Sentindo aquele gosto de cobre
E o peito vazio
Ansioso não conseguia se conter
Olhava pro celular constantemente
Eventualmente se deparando com seu próprio reflexo
Desesperado inconsolável
Naquela tela praticamente sem nenhum risco
Resultado de anos de TOC e insegurança
Cansado saiu do colchão
Escovou os dentes 5 segundos cada dente
Lavou as mãos 15 segundos cada dedo
Só 5 minutos e meio tinham se passado
Mas parecia uma eternidade e ele sentia medo
Com razão porque la fora não tinha uma alma viva
Era só ele em seu alguel barato
Sem ninguém pra pegar o lixo sem porteiro
Sem zelador sem segurança nenhuma no anhengabaú
As chaves estavam no contato como era de se esperar
Da rua olhou pra kitnet pela última vez
Absolutamente nada que vale a pena levar de lembrança
Mofo na parede janela quebrada
Gaiola vazia samambaia caindo aos pedaços
Enquanto dirigia rumo a sabe-se lá onde
No rádio do carro tocava jazz nova iorquino
Os primeiros raios de sol surgiam atrás de si
Trazendo aquele tom roxo avermelhado pro céu
Pôde ver as luminárias da cidade esmaecendo
E cada vez menos edifícios a vista
Deixando pra traz uma realidade que já não lhe pertencia há muito
Sabendo que não tinha como recuperar aquele tempo perdido
Nenhum amor nenhuma história nenhum amigo
Sob intensos pensamentos mal percebeu que já estava em lugar nenhum
Dos seus lados areia a sua frente areia
Olhou de relance no retrovisor areia
Mas por algum motivo isso não preocupou
Tanque quase cheio ainda tem caminho pela frente