Bachianas Brasileiras No. 5 by Heitor Villa-Lobos Lyrics
(Aria)
Tarde, uma nuve rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra, toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde, uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
(Dança)
Irerê, meu passarinho
Do sertão do cariri
Irerê, meu companheiro
Cade viola? Cadê meu bem? Cadê maria? Ai triste sorte a do violeiro cantadô! Sem a viola em que cantava o seu amô, Seu assobio é tua flauta de irerê: Que tua flauta do sertão quando assobia, A gente sofre sem querê! Teu canto chega lá do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração. Irerê, solta teu canto! Canta mais! Canta mais! Pra alembrá o cariri! Canta, cambaxirra! Canta, juriti! Canta, irerê! Canta, canta, sofrê! Patativa! Bem-te-vi! Maria-acorda-que-é-dia! Cantem, todos vocês, Passarinhos do sertão! Bem-te-vi! Eh sabiá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata cantadô! Lá! Liá! liá! liá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata sofredô! O vosso canto vem do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração
Tarde, uma nuve rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra, toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde, uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
(Dança)
Irerê, meu passarinho
Do sertão do cariri
Irerê, meu companheiro
Cade viola? Cadê meu bem? Cadê maria? Ai triste sorte a do violeiro cantadô! Sem a viola em que cantava o seu amô, Seu assobio é tua flauta de irerê: Que tua flauta do sertão quando assobia, A gente sofre sem querê! Teu canto chega lá do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração. Irerê, solta teu canto! Canta mais! Canta mais! Pra alembrá o cariri! Canta, cambaxirra! Canta, juriti! Canta, irerê! Canta, canta, sofrê! Patativa! Bem-te-vi! Maria-acorda-que-é-dia! Cantem, todos vocês, Passarinhos do sertão! Bem-te-vi! Eh sabiá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata cantadô! Lá! Liá! liá! liá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata sofredô! O vosso canto vem do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração