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Não Sou Ninguém by Genus 4585 Lyrics

Genre: rap | Year: 2020

Ninguém me vê, ninguém conhece
Ninguém percebe o porquê de tanto stress
Eu estou vazio já não vejo o meu futuro
Tudo o que eu tinha antes caiu abaixo do muro
Que eu próprio construí conforme fui sonhando
Ficou cada vez mais alto a queda foi muito grande
Perdi toda a esperança e a vontade
Estou preso a estas correntes que me roubam liberdade
Sinto-me abandonado, ruíram os meus pilares
Agora estamos tão longe confesso sinto saudades
Todo o meu mundo ruiu quando perdi o meu suporte
Este poço é tão fundo que eu já não vejo o norte
Perdi o gosto nas coisas que me davam mais prazer
Agora já não encontro um motivo para viver
Eu estou vazio, desesperado
Não encontro o meu rumo outrora tão planeado
De sorriso na cara para ninguém desconfiar
Nunca fui bom mentiroso quem é que eu quero enganar
A mim próprio ou aqueles que estão comigo?
Não te posso responder mas eu sei que estou perdido
Uma fachada é tudo o que eu vou mostrando
Se a minha vida é um jogo a depressão está no comando
Não sei quem sou nem quem eu quero ser
Quis encontrar respostas e acabei por me perder
Vivo numa fantasia fugi da realidade
Fuji dos meus deveres da minha responsabilidade
Sou um mistério não me dou a conhecer
Escondo essas misérias que me fizeram esmorecer
Ninguém me quebra porque eu quebrei há muito tempo
Já partiu não parte mais tudo o que vier aguento
Nunca mostrei a ninguém que me encontro neste estado
Muito menos os motivos para estar debilitado



Vou escondendo os pontos fracos
Dando o meu ar de forte
Tenho o interior em cacos e dou o destino à sorte
Estou sempre ok, estou sempre bem
Não partilho nada disto com ninguém
Mas a vida continua amanhã é um novo dia
Cada vez mais triste, vazio e sem magia
Já não sinto vontade de acordar amanhã
Agarro-me às certezas que o futuro não me dá
Não posso mais, viver assim
Fui-me perdendo aos poucos e sou o pior de mim
Não quero ajuda, talvez preciso
Vou sozinho descobrindo o mesmo piso
Que ontem fiz e hoje faço novamente
Monotonia eterna da qual sou consciente
Mantenho-me paciente à espera de uma mudança
E com o tempo vai-se acabando a esperança
Vou perdendo os meus dias desperdiçados
Sem fazer quaisquer memórias destes dias mal passados
E hoje estou no mesmo quarto que já me viu chorar
Que já me viu sofrer, que já me fez sonhar
Prisioneiro da mudança, que me levou para pior
Exploro os seus contornos que já conheço de cor
Olho pra mim e percebo sou incógnito
Começo a duvidar se tenho qualquer propósito
Desisti de desistir entrego-me à inércia
A minha vida é um livro sem qualquer peripécia
Instala-se o vazio e nele me torno
Instala-se a solidão à qual me conformo
A vida continua e vou seguindo com ela
Cá dentro desespero vejo os sonhos pela janela
Agarro-me ao passado que um dia me fez sorrir
O passado não volta mas não paro de insistir