Veias Abertas by Elo da Corrente Lyrics
[Refrão: Black Alien]
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Ponte: Pitzan]
Lutar sem se curvar
Aqui é o meu lugar
Cantar sem se entregar
Que o sol há de brilhar
Lutar, cantar, sonhar
Quem é que vai nos calar?
[Verso 1: Pitzan]
Uh? Viver em paz, temer jamais
Os porcos no poder só nos fazem andar pra trás
Democracia é o povo exercendo a soberania
Utopia, só passa de sonho e fantasia
Desde Noé o povo pergunta com saudade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
Aves de rapina, milhões em propina
Tem, também, helicóptero de cocaína
Cadê a merenda? Os ratos vêm, plaw-plaw
Aqui a violência é tão natural, cartão-postal
Manchado com sangue inocente
E o rubro escarlate ainda escorre quente
Elo da Corrente e B.A. vêm dizer
Não deixe seu coração, não, endurecer
Pelas veias entreabertas da América
Minha arma é métrica
E a luta é poética, ética
Mente, olhos, ouvidos atentos
As vozes que ecoam dos oráculos do tempo
[Refrão x2: Pitzan]
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Verso 2: Caio]
Já existíamos bem antes de qualquer navegação
Bateram, aqui, no sem-querer, buscando o Oriente
Acorrentaram nossos sonhos com a colonização
Tua flecha pra canhão, só nos restou bater de frente
Abaixo do Equador, equacionando o meu valor
De cara feia, se o momento é de se impor
Gana de brasileiro, em meu sangue há orgulho
Marcado em cada porta da nobreza, sem barulho
Velado nos quilombos, trouxe nos ombros, feito mula
Liberto dos resquícios em plena economia chula
Era de transição, Brasil, não, campeão, povo à mercê
Da ilusão que eles insistem em vender, pra você ver
Tentando a todo custo nos conter
Nós engordamos esses putos que só pensam em poder
O povo é soberano, no asfalto, eu descobri
Quando essa hora chegar, toda a vergonha vai ruir
Equilibrado em corda bamba, como poucos
Dos hábitos ruins, suficientes pra ser loucos
Revolução interna, na nossa é como chave
Pros dramas do agora não serem mais entrave
A situação é grave, após quinhentos anos de invasão
Trazendo outras maneiras pra chegar adiante
Cuidar da minha casa, hoje, é manter o corpo são
Só vai dar pé se o consciente é atuante
[Refrão x2: Caio]
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Verso 3: Black Alien]
Meu compadre, eu canto esse hino desde menino
Genuíno do luar, da meia-noite ao sol albino
Eles invadem, são quinhentos anos na minha praia
Trazendo armas de fogo e o resto da sua laia
E, até hoje, é assim, crowd de haole no meu surfe
Pela Baía de Guanabara, entram os fuzis pros neguinhos
Criou uma pá de Maluf, Sarney, ACM e Cunha
Vai temer meu alicate devagar na sua unha
A menor distância entre dois pontos é o papo reto
E eu tô perto
Politicamente correto nem por decreto, velhos decrépitos
Aqui vai meu verso de vá-de-retro
Tenta circular a cultura em que o errado é o certo
Bem-vindo à Lei de Gérson, só vantagem pros espertos
Vai ter fogo nessa água, tempestade no deserto
Taco fogo na água, com óleo que derramam nela
Eles gritam em chamas, vistos por nossos sentinelas
E eu senti nelas, veias abertas da América, bela
Fui no tempo das caravelas e acendi velas
Pedi em Tupi, eu orei em Guarani
E o Cruzeiro do Sul brilhando na minha janela
Sou daqui, eu não vou sair, amo esse lugar
Vou pra L.A., Amsterdã, só para poder voltar
Somos filhos de Iansã, no verão de Sam, seu tio
Madeirada na moleira com o último pau-brasil
Brasil, porra
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Ponte: Pitzan]
Lutar sem se curvar
Aqui é o meu lugar
Cantar sem se entregar
Que o sol há de brilhar
Lutar, cantar, sonhar
Quem é que vai nos calar?
[Verso 1: Pitzan]
Uh? Viver em paz, temer jamais
Os porcos no poder só nos fazem andar pra trás
Democracia é o povo exercendo a soberania
Utopia, só passa de sonho e fantasia
Desde Noé o povo pergunta com saudade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
Aves de rapina, milhões em propina
Tem, também, helicóptero de cocaína
Cadê a merenda? Os ratos vêm, plaw-plaw
Aqui a violência é tão natural, cartão-postal
Manchado com sangue inocente
E o rubro escarlate ainda escorre quente
Elo da Corrente e B.A. vêm dizer
Não deixe seu coração, não, endurecer
Pelas veias entreabertas da América
Minha arma é métrica
E a luta é poética, ética
Mente, olhos, ouvidos atentos
As vozes que ecoam dos oráculos do tempo
[Refrão x2: Pitzan]
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Verso 2: Caio]
Já existíamos bem antes de qualquer navegação
Bateram, aqui, no sem-querer, buscando o Oriente
Acorrentaram nossos sonhos com a colonização
Tua flecha pra canhão, só nos restou bater de frente
Abaixo do Equador, equacionando o meu valor
De cara feia, se o momento é de se impor
Gana de brasileiro, em meu sangue há orgulho
Marcado em cada porta da nobreza, sem barulho
Velado nos quilombos, trouxe nos ombros, feito mula
Liberto dos resquícios em plena economia chula
Era de transição, Brasil, não, campeão, povo à mercê
Da ilusão que eles insistem em vender, pra você ver
Tentando a todo custo nos conter
Nós engordamos esses putos que só pensam em poder
O povo é soberano, no asfalto, eu descobri
Quando essa hora chegar, toda a vergonha vai ruir
Equilibrado em corda bamba, como poucos
Dos hábitos ruins, suficientes pra ser loucos
Revolução interna, na nossa é como chave
Pros dramas do agora não serem mais entrave
A situação é grave, após quinhentos anos de invasão
Trazendo outras maneiras pra chegar adiante
Cuidar da minha casa, hoje, é manter o corpo são
Só vai dar pé se o consciente é atuante
[Refrão x2: Caio]
Das veias entreabertas da América do Sul
Vermelho do massacre pra manchar o fundo azul
Restou a nossa força, esse sangue latino
Rebeldes do terceiro mundo cantam esse hino
[Verso 3: Black Alien]
Meu compadre, eu canto esse hino desde menino
Genuíno do luar, da meia-noite ao sol albino
Eles invadem, são quinhentos anos na minha praia
Trazendo armas de fogo e o resto da sua laia
E, até hoje, é assim, crowd de haole no meu surfe
Pela Baía de Guanabara, entram os fuzis pros neguinhos
Criou uma pá de Maluf, Sarney, ACM e Cunha
Vai temer meu alicate devagar na sua unha
A menor distância entre dois pontos é o papo reto
E eu tô perto
Politicamente correto nem por decreto, velhos decrépitos
Aqui vai meu verso de vá-de-retro
Tenta circular a cultura em que o errado é o certo
Bem-vindo à Lei de Gérson, só vantagem pros espertos
Vai ter fogo nessa água, tempestade no deserto
Taco fogo na água, com óleo que derramam nela
Eles gritam em chamas, vistos por nossos sentinelas
E eu senti nelas, veias abertas da América, bela
Fui no tempo das caravelas e acendi velas
Pedi em Tupi, eu orei em Guarani
E o Cruzeiro do Sul brilhando na minha janela
Sou daqui, eu não vou sair, amo esse lugar
Vou pra L.A., Amsterdã, só para poder voltar
Somos filhos de Iansã, no verão de Sam, seu tio
Madeirada na moleira com o último pau-brasil
Brasil, porra