A Plantinha by Edison Barreto Lyrics
Ela era uma plantinha
Pequenina, quieta, tacitura e bonita.
Eu passava, e o prazer era olhá-la.
Admirava-a.
Gostava dela.
Eu fugia.
Certas Vezes, dava-lhe alegrias.
Achava eu.
Pegava-a. Iamos passear.
Contava histórias, falava de mim,
sentava ao seu lado e a acariciava.
Depois fugia.
Outras vezes conversávamos de longe,
por aparelhos.
Ela quieta. Tacitura.
Eu dava-lhe alegrias.
Achava eu.
Tinha medo dela.
Tão quieta, tão bonita, tão meiga...
eu fugia.
Até que um dia destes, que juntos passeávamos,
a luz da providência nos iluminou.
Dai então,
conversamos como nunca tinhamos conversado.
Tal foi minha alegria e surpresa.
Ela sabia falar.
Pensava, amava. Sofria, tinha sentimentos...
Daquele dia em diante,
a plantinha que era tão pequenina...
Cresceu.
Eu que era um ser humano orgulhoso (como todos seres humanos),
comecei a sentir uma sensação estranha dentro de mim.
Era o encanto da plantinha que me envolvia
uma coisa gostosa, sensacional; jamais sentido antes
Meus pés transformaram-se em raízes e
fixaram-se ao lado da plantinha.
Eu me transformava.
A medida em que o tempo passava,
a sensação que eu sentia, tão maravilhosa,
nenhum ser humano jamais teve tal prazer.
Fui eu o único que gostei de plantinha?
Viverei para sempre ao lado dela.
Durante o dia,
à noite,
no frio,
no calor,
na tristeza,
na alegria.
Estamos em algum lugar.
Pequenina, quieta, tacitura e bonita.
Eu passava, e o prazer era olhá-la.
Admirava-a.
Gostava dela.
Eu fugia.
Certas Vezes, dava-lhe alegrias.
Achava eu.
Pegava-a. Iamos passear.
Contava histórias, falava de mim,
sentava ao seu lado e a acariciava.
Depois fugia.
Outras vezes conversávamos de longe,
por aparelhos.
Ela quieta. Tacitura.
Eu dava-lhe alegrias.
Achava eu.
Tinha medo dela.
Tão quieta, tão bonita, tão meiga...
eu fugia.
Até que um dia destes, que juntos passeávamos,
a luz da providência nos iluminou.
Dai então,
conversamos como nunca tinhamos conversado.
Tal foi minha alegria e surpresa.
Ela sabia falar.
Pensava, amava. Sofria, tinha sentimentos...
Daquele dia em diante,
a plantinha que era tão pequenina...
Cresceu.
Eu que era um ser humano orgulhoso (como todos seres humanos),
comecei a sentir uma sensação estranha dentro de mim.
Era o encanto da plantinha que me envolvia
uma coisa gostosa, sensacional; jamais sentido antes
Meus pés transformaram-se em raízes e
fixaram-se ao lado da plantinha.
Eu me transformava.
A medida em que o tempo passava,
a sensação que eu sentia, tão maravilhosa,
nenhum ser humano jamais teve tal prazer.
Fui eu o único que gostei de plantinha?
Viverei para sempre ao lado dela.
Durante o dia,
à noite,
no frio,
no calor,
na tristeza,
na alegria.
Estamos em algum lugar.