Pongo pygmaeus by E.se (PRT) Lyrics
[Verso 1]
Na selva conjunta a seiva que é bruta
Carrego-a de cima para baixo
No meu cérebro processo
O progresso acontece
Quando o meu corpo age
O rito confesso o mito esclareço
É que no meu peito há mais
Humanidades que Cristo
Verdades que vivo de versos imortais
E a diferença
É que ignoro a sentença
Ignóbil na tua presença
Enriqueço a cabeceira acesa
O livro à beira da mesa
A tinta escorre ainda fresca
Desliza da minha cabeça
A fonte no monte, a fronte defronte
Com rugas de pedra a clarear
Ilumina na noite
Pernoito com um oito deitado nas estrelas a cintilar
Cadente cá dentro ascendente
O trajecto traçado por fado a conquistar
Nesta jungle do bando
O orango sabe que o melhor a fazer é isolar
97 por cento idêntico
Mendigo o bendito três que me fez mais
Descolar da espécie de gente
Que circula hibernada encostada a murais digitais
Que só concorda, dá corda à moda
Em roda és broda pelas vivências sociais
E evapora na hora, bloqueia e ignora
Se puxas as crenças individuais
[Refrão]
Floresce, floresce, floresce no escuro floresce
No escuro, atrás do muro, seguro floresce
Floresce, floresce
No escuro floresce
[Verso 2]
Na floresta deserta tu não traças a festa
Vistas grossas na meta
Pisam possas na pressa
Viram costas nas frestas
Põe crosses nas backs
Mas dão toques nos egos
São só vozes sem eco
E por isso o orango sobe a copa então
Não precisa do teu sangue, ele quer solidão
Enquanto escondes no teu gang para ter vocação
Ele afasta essas moscas não é diversão
Não é loucura é a cura para uma geração
Que se move em bando sem chance de outra direcção
Sou Zé Mário Branco sonho alto com inquietação
Que me atribula mas acorda da computação
Não desespero, impero, sem saber o que quero
Procuro sempre sem encontrar
Inquietação no meu peito
É o batuque que aceito, o estuque que empreito
Para me fortificar
Que belo o templo, que belo o tempo
Que vejo a passar
Quando me aceito a mim, me vejo a mim
Sem filtros a tapar
Fecho-me em copas e toco as notas
Que são só as prosas deste o meu engenho
Vou noutras rotas, vão gastas as botas
Eles saem das tocas, seguem o meu plano
Trocas-me as voltas e não são derrotas
Derrubo a chacota e cai esse pano
Na floresta fora o orango lá mora
No centro sozinho a viver sem receio
[Outro]
Floresce, floresce, floresce no escuro floresce
Na selva conjunta a seiva que é bruta
Carrego-a de cima para baixo
No meu cérebro processo
O progresso acontece
Quando o meu corpo age
O rito confesso o mito esclareço
É que no meu peito há mais
Humanidades que Cristo
Verdades que vivo de versos imortais
E a diferença
É que ignoro a sentença
Ignóbil na tua presença
Enriqueço a cabeceira acesa
O livro à beira da mesa
A tinta escorre ainda fresca
Desliza da minha cabeça
A fonte no monte, a fronte defronte
Com rugas de pedra a clarear
Ilumina na noite
Pernoito com um oito deitado nas estrelas a cintilar
Cadente cá dentro ascendente
O trajecto traçado por fado a conquistar
Nesta jungle do bando
O orango sabe que o melhor a fazer é isolar
97 por cento idêntico
Mendigo o bendito três que me fez mais
Descolar da espécie de gente
Que circula hibernada encostada a murais digitais
Que só concorda, dá corda à moda
Em roda és broda pelas vivências sociais
E evapora na hora, bloqueia e ignora
Se puxas as crenças individuais
[Refrão]
Floresce, floresce, floresce no escuro floresce
No escuro, atrás do muro, seguro floresce
Floresce, floresce
No escuro floresce
[Verso 2]
Na floresta deserta tu não traças a festa
Vistas grossas na meta
Pisam possas na pressa
Viram costas nas frestas
Põe crosses nas backs
Mas dão toques nos egos
São só vozes sem eco
E por isso o orango sobe a copa então
Não precisa do teu sangue, ele quer solidão
Enquanto escondes no teu gang para ter vocação
Ele afasta essas moscas não é diversão
Não é loucura é a cura para uma geração
Que se move em bando sem chance de outra direcção
Sou Zé Mário Branco sonho alto com inquietação
Que me atribula mas acorda da computação
Não desespero, impero, sem saber o que quero
Procuro sempre sem encontrar
Inquietação no meu peito
É o batuque que aceito, o estuque que empreito
Para me fortificar
Que belo o templo, que belo o tempo
Que vejo a passar
Quando me aceito a mim, me vejo a mim
Sem filtros a tapar
Fecho-me em copas e toco as notas
Que são só as prosas deste o meu engenho
Vou noutras rotas, vão gastas as botas
Eles saem das tocas, seguem o meu plano
Trocas-me as voltas e não são derrotas
Derrubo a chacota e cai esse pano
Na floresta fora o orango lá mora
No centro sozinho a viver sem receio
[Outro]
Floresce, floresce, floresce no escuro floresce