Melancólico irônico by De Leve Lyrics
[Verso 1]
É maior pressão
Não tem emprego, só tem quem pague mal
Não faço o curso que quero
Mas espero oportunidade igual nos concursos que presto Curso 20 dias e querem que ganhe do resto
Que ficou o ano inteiro
Se não passo é porque não presto ou não estudei o suficiente
Não acertei o coeficiente
Chiam no ouvido porque tenho tido aproveitamento merecido pra um doente
Isso só me força a buscar alternativas alternativas
Meu sonho é apunhalado pela realidade que se mantém ativa, e não posso botá-lo em prática
Tennho que mudar de tática
E não ficar só pensando em rimas e bases
Tenho que dividir com a matemática
E provas que poem em cheque meu conhecimento
Não tenho conta nem cheque, me abano com leque sem ter nem discernimento
Tudo isso pela falta dele, o que me mantém vivo
Mas para obtê-lo tenho que procurar outros caminhos e arriscar meu pelo
Ninguém acredita que eu vá conseguir viver com minha escrita
Faço coisas que me irrita pra não ter que ouvir ideias da idade da Pedrita
Mas tenho que fazer, igual a policia é corrupta
Resta outra opção pra quem ganha pouco e vida brinca ininterruptamente?
Só me resta trabalhar em loja ou entregar remédio
De porta em porta de prédio, com gorjeta de velho, mó tédio
É foda, fazer rap é piada
Mas mesmo que eu não fizesse nada e meu tempo flutuasse na vagabundice danada
Melhor não dizer o contrário, pareço otário
Não consigo gravar, não tenho dinheiro além de letra dentro do armário
E questões de prova em cima da cama pra auxiliar judiciário
Onde fiz 5 acertei 0, ao invés de continuar fiz o contrário
Desisti dessa merda
A covardia minha cabeça herda do meu pai, que nega 10 conto pra ir na casa da minha mulher que me deserda
Qualquer dia desses porque não tenho 1 puto presente no bolso
Não tem presente no bolso
Quieto, nem reclamo do que ouço
Mas um dia vou poder chegar e botar filé cortado em bife
Sem nem ter que trabalhar 12 horas no natal em loja de grife
Nem ter que mudar minhas composições pra aquisições mais pop
Meu sonho? Alcançar o top sem deixar de fazer Hip Hop
E chegar nos lugares tendo reservado lugares
Pagar o total no final, sozinho, respirar outros ares
Tô cansado de ter que me matar por 200 conto
Comprar tudo no cartão, pra 70 dias e ainda pedir desconto
Repito o reflito, se a solução não estaria no conflito
Não é a toa que os muleque de joga bola preferem ganhar a vida no grito ou na mão
A solução é escassa, sinistro mermo é ter que trabalhar de graça
Aturar desaforo e nego ainda achando graça
Meu tênis tem um furo, escrevo de dia, tô no escuro
O governo gasta, raciona pasta e quer branco o sorriso mais puro?
Não tem condição, quero comprar roupa
Não só ganhar as que não cabem no meu irmão e usar o resto que ele não vê quando toma sopa
Imagina escrito no meu curriculum vitae
Emprego anterior: MC, o patrão pega, olha e fala: "Sai" (próximo)
Eu poderia me render a tentação e ser boy
Gastar todo o dinheiro do ônibus em flipper no centro de Niterói
Mas acabou o flipper no shopping, fora de cogitação
Vou pra Moreira César entregar minhas fotos nas lojas e ver a reação
Dos gerentes que se cansam de ver gente
Rasgam o papel e mandam cagar, porque já fechou as vagas no setor de RH
Mas continua a maldita plaqueta no canto da vitrine
Tô tão duro que se fosse chamado posaria tranquilo na G magazine
E foda-se todos os patrões muquiranas
Vô abrir meu próprio negócio com meus sócios e falir vocês em semanas
Dando roupa de graça na praça
Que roubei do seu estabelecimento e lutei contra um time de traças
Não existe perspectiva de melhoria no dia de vagabundo
Já que não tenho condição de seguir meu sonho, sou vagabundo assumido
Agora tenho que meter a cara na minha apostila e ficar sumido
Uns 20 dias, eu e a mochila
Quero ver o resultado depois resumido
Se eu for aprovado, você vai ouvir outras musicas minhas
Se não, nunca mais vou encher o saco com letras pra zuar as galinhas
Vô sumir mais rápido do que apareci na cena
Canto minhas músicas sozinho enquanto ajudo o engenheiro com a trena
Ele me elogia, pergunta se são minhas as letras que canto (são suas essas letras?)
Falo que sim, mas nada muda, continuo no meu canto Gravadora quer sucesso certo
Cinco garotos em coreografia, com macacão da Esso com zíper aberto
E recesso de talento por perto
Produtores espertos não querem pagar pelos loops (Então) usam teclado Yamaha e se amarram nos timbres (uuuops)
O bom do rap é que só gasto com caneta
Papel eu pego da padaria
Só gasto com palavra e tempo, porque não gastaria?
Não é impressão, isso é um desabafo
Que vem desde os tempos que jogo bafo, e continuo reclamando com esse bafo
Não tive tempo de escovar, trabalho pesado no sarrafo
Se achou demagogia o que falei, não concordo, mas tá safo
É maior pressão
Não tem emprego, só tem quem pague mal
Não faço o curso que quero
Mas espero oportunidade igual nos concursos que presto Curso 20 dias e querem que ganhe do resto
Que ficou o ano inteiro
Se não passo é porque não presto ou não estudei o suficiente
Não acertei o coeficiente
Chiam no ouvido porque tenho tido aproveitamento merecido pra um doente
Isso só me força a buscar alternativas alternativas
Meu sonho é apunhalado pela realidade que se mantém ativa, e não posso botá-lo em prática
Tennho que mudar de tática
E não ficar só pensando em rimas e bases
Tenho que dividir com a matemática
E provas que poem em cheque meu conhecimento
Não tenho conta nem cheque, me abano com leque sem ter nem discernimento
Tudo isso pela falta dele, o que me mantém vivo
Mas para obtê-lo tenho que procurar outros caminhos e arriscar meu pelo
Ninguém acredita que eu vá conseguir viver com minha escrita
Faço coisas que me irrita pra não ter que ouvir ideias da idade da Pedrita
Mas tenho que fazer, igual a policia é corrupta
Resta outra opção pra quem ganha pouco e vida brinca ininterruptamente?
Só me resta trabalhar em loja ou entregar remédio
De porta em porta de prédio, com gorjeta de velho, mó tédio
É foda, fazer rap é piada
Mas mesmo que eu não fizesse nada e meu tempo flutuasse na vagabundice danada
Melhor não dizer o contrário, pareço otário
Não consigo gravar, não tenho dinheiro além de letra dentro do armário
E questões de prova em cima da cama pra auxiliar judiciário
Onde fiz 5 acertei 0, ao invés de continuar fiz o contrário
Desisti dessa merda
A covardia minha cabeça herda do meu pai, que nega 10 conto pra ir na casa da minha mulher que me deserda
Qualquer dia desses porque não tenho 1 puto presente no bolso
Não tem presente no bolso
Quieto, nem reclamo do que ouço
Mas um dia vou poder chegar e botar filé cortado em bife
Sem nem ter que trabalhar 12 horas no natal em loja de grife
Nem ter que mudar minhas composições pra aquisições mais pop
Meu sonho? Alcançar o top sem deixar de fazer Hip Hop
E chegar nos lugares tendo reservado lugares
Pagar o total no final, sozinho, respirar outros ares
Tô cansado de ter que me matar por 200 conto
Comprar tudo no cartão, pra 70 dias e ainda pedir desconto
Repito o reflito, se a solução não estaria no conflito
Não é a toa que os muleque de joga bola preferem ganhar a vida no grito ou na mão
A solução é escassa, sinistro mermo é ter que trabalhar de graça
Aturar desaforo e nego ainda achando graça
Meu tênis tem um furo, escrevo de dia, tô no escuro
O governo gasta, raciona pasta e quer branco o sorriso mais puro?
Não tem condição, quero comprar roupa
Não só ganhar as que não cabem no meu irmão e usar o resto que ele não vê quando toma sopa
Imagina escrito no meu curriculum vitae
Emprego anterior: MC, o patrão pega, olha e fala: "Sai" (próximo)
Eu poderia me render a tentação e ser boy
Gastar todo o dinheiro do ônibus em flipper no centro de Niterói
Mas acabou o flipper no shopping, fora de cogitação
Vou pra Moreira César entregar minhas fotos nas lojas e ver a reação
Dos gerentes que se cansam de ver gente
Rasgam o papel e mandam cagar, porque já fechou as vagas no setor de RH
Mas continua a maldita plaqueta no canto da vitrine
Tô tão duro que se fosse chamado posaria tranquilo na G magazine
E foda-se todos os patrões muquiranas
Vô abrir meu próprio negócio com meus sócios e falir vocês em semanas
Dando roupa de graça na praça
Que roubei do seu estabelecimento e lutei contra um time de traças
Não existe perspectiva de melhoria no dia de vagabundo
Já que não tenho condição de seguir meu sonho, sou vagabundo assumido
Agora tenho que meter a cara na minha apostila e ficar sumido
Uns 20 dias, eu e a mochila
Quero ver o resultado depois resumido
Se eu for aprovado, você vai ouvir outras musicas minhas
Se não, nunca mais vou encher o saco com letras pra zuar as galinhas
Vô sumir mais rápido do que apareci na cena
Canto minhas músicas sozinho enquanto ajudo o engenheiro com a trena
Ele me elogia, pergunta se são minhas as letras que canto (são suas essas letras?)
Falo que sim, mas nada muda, continuo no meu canto Gravadora quer sucesso certo
Cinco garotos em coreografia, com macacão da Esso com zíper aberto
E recesso de talento por perto
Produtores espertos não querem pagar pelos loops (Então) usam teclado Yamaha e se amarram nos timbres (uuuops)
O bom do rap é que só gasto com caneta
Papel eu pego da padaria
Só gasto com palavra e tempo, porque não gastaria?
Não é impressão, isso é um desabafo
Que vem desde os tempos que jogo bafo, e continuo reclamando com esse bafo
Não tive tempo de escovar, trabalho pesado no sarrafo
Se achou demagogia o que falei, não concordo, mas tá safo